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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Ouçam os gritos de socorro!!!

Pais, amem seus filhos! Discipline-os! Corrija-os! Eles clamam por isso. Suas bagunças, insistências em fazer algo que não deveriam, é um grito por socorro, um grito por amor, direção, exortação, limites e segurança! É o clamor deles para não se sentirem sozinhos, abandonados e entregues a si mesmos; não serem órfãos de pais vivos! Se eles são insistentes em desobedecer, sejam mais ainda em corrigi-los. Não desistam de corrigi-los, discipliná-los, dizer não, ensiná-los, mesmo que seja “mil” vezes por dia!

Não tentem poupá-los! Eles não querem isso, e por mais que pareça o contrário, eles anseiam por direção, limites, correção e disciplina. Poupá-los pode até ter aparência de amor e bondade, mas não é! “Quem não corrige os filhos mostra que não os ama; quem ama os filhos se preocupa em discipliná-los.” (Provérbios 13:24)


Não cedam a culpa por as vezes não se sentirem bons pais, e tentar compensar isso permitindo que eles façam o que quiserem!  Não cedam por medo deles ficarem chateados e não gostarem de vocês! No futuro eles vão agradecer. Escutem os gritos de socorro de seus filhos! Escutem o clamor deles por segurança e amor! Não entreguem seus filhos à orfandade, as consequências são terríveis! 



Vejamos a história de Eli e seus filhos (1 Samuel 2: 12-34) . Eli foi um bom sacerdote, alguém diligente nos seus afazeres e nas suas obrigações religiosas. Contudo, não teve compromisso com sua família. 


Seus filhos viviam da forma que desejavam, como se não houvessem consequências em viver assim. Comiam as ofertas que o povo de Israel fazia ao Senhor e tinham relações sexuais com mulheres na porta da Tenda da congregação. 


Apesar de serem sacerdotes, os filhos de Eli não viviam como tal. É triste ver que Eli não se importou com os sinais: desobediências, insensatez da juventude, falta de temor com as coisas sérias da vida e rebeldias explícitas de seus filhos. Todos estes sinais eram os gritos de socorro por direção, exortação, limites, disciplinas, compromisso. Os gritos de socorro por amor! Eli escolheu por ele mesmo, pela reputação de ser sempre bem visto diante dos seus filhos (tanto é que o Senhor fala que Eli honrava mais aos seus filhos do que ao Senhor. - 1 Samuel 2:29). Eli sabia das abominações que eles faziam, mas mesmo assim os deixou no sacerdócio. Entregou seus filhos a eles mesmo, os entregou a orfandade. 


Entregues à orfandade eles realmente viveram do jeito que quiseram, e as consequências foram catastróficas. Se entregaram à luxúria, a ganância, ao roubo, a violência e ao desprezo pelas pessoas. O Senhor os chamam de filhos da perversidade, se tornaram uma aberração, uma vergonha e um problema para a sociedade.


No fim, a disciplina do Senhor foi dura: Deus riscou Eli e sua descendência do sacerdócio, o levou junto com seus dois filhos no mesmo dia e a descendência que sobrou iria sofrer consequências terríveis (1 Samuel 2:27-36). Tudo isso a fim de que todo o povo não acreditasse que aquela cultura familiar era aceitável, e viesse a corromper ainda mais a Israel, ficando de exemplo para nós nos dias atuais. 

 

No livro de Timóteo, vemos a descrição de Paulo sobre uma geração ímpia, cujo comportamento coincide exatamente com o perfil dos filhos de Eli, indicando o poder de destruição sobre o caráter que a orfandade tem. 


“Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder.” (2 Timóteo 3:2-5) 


A orfandade tem capacidade de transformar os filhos em pessoas egoístas, sempre em busca da própria satisfação, não importando se isso fere aos outros; filhos levados pelo vento, que são facilmente influenciados por qualquer doutrina ou pessoa, bastando apenas um passo para caírem na promiscuidade, violência ou alguma doutrina pervertida. 


Como não foram amados, disciplinados, corrigidos e não aprenderam a obedecer, seu prumo da vida é a sua vontade. Não sabem ouvir um não, nem administrar a frustração, se tornando muito instáveis emocionalmente, ferindo a si mesmos e todos ao seu redor. São pessoas imaturas, inseguras e perdidas, que na vida adulta continuam a viver como criança, fazendo tudo o que querem, acreditando que não haverá consequências. Mas na vida tudo tem consequência, e esses filhos vão sofrer muito ao aprenderem sozinhos aquilo que poderiam aprender com seus pais na infância! 


O Senhor como Pai, testemunha como é um pai que ama e cuida de seus filhos, para que tenhamos o exemplo de como nós também devemos amar nossos filhos:  “pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho.” (Hebreus 12:6). É esse mesmo tipo de testemunho e comprometimento (adoção), que ao serem vistos em nossas vidas, têm o poder de salvar ou poupar nossos filhos do abandono e todas as suas consequências.


Vejam só a vida de Timóteo. Ele teve pais que se comprometeram; pais que o disciplinaram, exortaram, ensinaram, direcionaram e principalmente que foram testemunho para ele, e isso o salvou da orfandade e de todas as consequências já descritas aqui. 


“Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.” (Timóteo 3:14-15)


Assim, amem seus filhos! Não lhes neguem disciplinas, correções, testemunho de serem pais presentes, que negaram a si mesmos para dar futuro e esperança a eles. Ouçam o grito de socorro deles por amor e segurança! Não cedam, não desistam, não os abandonem a eles mesmos!


Geraldo Júnior e Valéria Morais

Transformados pela Renovação do Pensamento

https://renovacaodopensamento.blogspot.com.br/


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