diHITT - Notícias Transformados pela Renovação do Pensamento: 2015

domingo, 19 de julho de 2015

Livres para ser como Cristo


É muito fácil nosso entendimento ser corrompido e, ao mesmo tempo, é muito difícil depois dele desalinhado, voltar a alinha-lo, pois aquele aprendizado torna-se algo comum, algo cultural. Um exemplo disso é que hoje, a primeira ideia quando se fala em ser Cristão é: “O que eu posso ou não posso fazer?” ou “O que tenho de deixar de ser ou fazer para me tornar um Cristão, ou um bom Cristão”. Esse pensamento não corresponde ao que está escrito no evangelho. 

Analisando a vida de Jesus, sua missão e propósito, percebemos que ele não andava segundo o certo ou errado da cultura dos religiosos da época. Jesus veio nos libertar do pecado, e realmente o fez (“O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” Tito 2:14), mas isso foi apenas o meio para que se cumprisse o seu principal propósito: Nos transformar em filhos de Deus com a natureza de Cristo. Jesus foi o primeiro de muitos irmãos, e sendo Ele sempre livre, fez de nós seus irmãos também livres para manifestar a natureza de Cristo, a natureza de filhos de Deus. 

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Romanos 8:29)
Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2:3-4).
E o que é a verdade? A verdade é Cristo! Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6)

                                   

Nós não expressamos a Deus simplesmente não pecando, mas sim a medida em que conhecemos a Cristo e somos transformados a sua Imagem. 
Enquanto nossa referência de vida for lutar simplesmente para não pecar estaremos presos e perdidos, pois nunca nos tornaremos semelhantes a Cristo. A natureza de Cristo não fala daquele que apenas não peca, mas daquele que é parecido com o Pai, daquele que dá a vida pelos seus, daquele que não vive mais em favor de si mesmo, mas em favor dos relacionamentos e das pessoas. 

Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (1 João 1:7)

Cristo nos fez livres do pecado, para sermos livres no verdadeiro propósito, sermos parecidos com Ele. 


Geraldo Júnior e Valéria Morais 
Transformados pela Renovação do Pensamento

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O irmão do filho pródigo

Quando falamos da passagem do filho pródigo (Lucas 15:11-32) vemos dois irmãos com corações e comportamentos totalmente diferentes, mas um mesmo sofisma muito perigoso: acreditavam que o Pai tratava seus filhos segundo seus comportamentos, segundo o certo e o errado, merecimento e aprovação.

Isso explica o filho pródigo voltar para casa pedindo para não ser mais tratado como filho e sim como empregado, e também explica a indignação do filho mais velho quando o filho pródigo voltou e foi recebido com honraria depois de perder toda herança com futilidades. O filho mais velho ficou tão indignado, que seu Pai teve que lembrá-lo que tudo que era seu, era dele também, inclusive a sua constante presença. A reação do Pai diante dos dois filhos deixa bem claro que não existe predileção entre os filhos! Contudo, obviamente os filhos são tratados de forma diferente, mas não dentro de uma justiça pelo comportamento (como o filho mais velho queria, ou o filho pródigo achava que merecia), e nem dentro de uma predileção. 

Deus quer nos ensinar que Ele não nos trata segundo “nossa” justiça própria. Mesmo sendo iguais perante Deus, todos somos diferentes uns dos outros, com necessidades diferentes e com propósitos diferentes. Deus cuida de nós segundo as nossas diferenças e propósitos específicos. O filho pródigo cria que merecia ser desonrado, castigado, humilhado e rejeitado; e o filho mais velho por nunca ser “honrado” como queria por ser todo “certinho”, achava que seria justo o filho pródigo ser desonrado, castigado, humilhado e rejeitado. 

O interessante é que quando o Pai quebra o sofisma da “justiça própria” de ambos os filhos, o significado para o filho pródigo é a redenção, mas para o filho mais velho é INVEJA! 

Essa é a raiz de toda inveja, a justiça própria. Esse sofisma de que as pessoas devem ser tratadas segundo seu comportamento, suas falhas e acertos, e que Deus deve tratá-las de forma igual, mesmo com propósitos e necessidades diferentes, gera sentimento de injustiça para quem vê Deus sendo misericordioso para com o outro e esse sentimento resulta em raiz de inveja. 

É assim que as pessoas sentem inveja: olham os outros e vêm suas falhas, defeitos, pecados, e depois olham para essas mesmas pessoas e vêm sua felicidade, conquistas e etc.; e se sentem injustiçadas, e por isso sentem inveja. 

Mas o Pai explicou para o filho mais velho, que ele não tinha a honraria que tanto queria porque não precisava, quem precisava era o filho pródigo para cumprir o propósito dele se sentir filho. O filho mais velho já tinha tudo aquilo que precisava, e isso era justo. Isso é o que precisamos entender: Deus tratar as pessoas segundo suas diferenças é justo e bom. Se entendermos isso, conseguiremos nos alegrar com o que o Pai faz na vida dos nossos irmãos, e conseguiremos enxergar aquilo que Ele faz na nossa vida. 


Geraldo Júnior e Valéria Morais
Transformados pela Renovação do Pensamento