diHITT - Notícias Transformados pela Renovação do Pensamento: março 2013

quinta-feira, 28 de março de 2013

Diga-me, com quem tu andas?!


Esses dias estava em casa quando vi na internet um dito popular muito conhecido: "Diga-me com quem tu andas, que direis quem tu és!".

Então comecei a meditar sobre isso e me veio à mente que Jesus andou com Judas e com os publicanos Mateus e Zaqueu (que era como se fossem os políticos corruptos de hoje).

Mas Jesus conhecia eles, conhecia Judas, até em relação ao seu caráter, sabia que ele iria traí-lo, e mesmo assim o escolheu, o amou até o fim e o chamou de amigo! Jesus não se preocupava se iria ser influenciado ou se corromper com aquela amizade, nem mesmo se preocupava com o que as pessoas iriam pensar d’Ele por andar com eles. O que Jesus queria nos ensinar, era como um filho de Deus se comporta diante de qualquer tipo de pessoa, e que o Reino de Deus é INclusivo e não EXcludente.

Se nós que dizemos sermos cristãos, e conhecemos a Cristo, decidirmos não andar com determinadas pessoas, por algum receio de sermos influenciados, ou do que as pessoas vão pensar de nós, quando é então que elas vão ter a oportunidade de conhecer os filhos de Deus, e assim conhecer a Cristo?!

Uma pessoa por qual tenho grande estima, certa vez disse que o que uma prostituta (tipo de pessoa muito excluída) mais precisa na vida é se encontrar com um homem de Deus, casado ou não, porque vai ser aí que ela vai ter a oportunidade de saber como um filho de Deus iria tratar ela, exatamente como aconteceu com a mulher de Samaria quando encontrou Jesus.



O mundo clama pela manifestação dos filhos de Deus (Rm 8:19), e o que nos torna filhos de Deus é exatamente a capacidade de Amar e incluir na nossa vida todo tipo de pessoas, inclusive os mais pecadores como os inimigo e perseguidores (Mateus 5:44). Quantas vezes excluímos as pessoas pelo seu caráter e comportamento pecaminoso, pois dizemos que somos cristãos, com princípios, "santos", e que não podemos nos misturar e nos "contaminar" com tais pessoas. Colegas de trabalho e escola, amigos e até familiares são excluídos por esse pensamento. Mas é exatamente agora que eles mais precisam de nós, do referencial, a luz, da manifestação dos filhos de Deus, o Amor com que Cristo nos Amou.

Mas aí podemos dizer, "Mas eu tentei trazer as pessoas para andar no caminho que estou, para ir ao culto, a missa e etc e ela não quis, eu tentei, não excluí ela!". Jesus não mandou nós trazermos as pessoas, Jesus mandou “Ide!” (Mt 28:19). Devemos ir às pessoas, e não tentar trazê-las.

Jesus não foi apenas até a Judas e Mateus como citei acima, mas veio a nós, tão ou mais pecadores do que eles, e por que então agiremos diferente dele?

Quando escutarmos “Diga-me com quem tu andas, que direi quem tu és!”, que sejamos encontrados como Jesus Cristo, que andou, amou e foi até o fim com os pecadores, sendo Filho de Deus e Santo, sem medo de se corromper ou do que as pessoas iriam pensar d’Ele, mas manifestando quem o Pai é, através d’Ele; e é exatamente essa missão que Ele nos deu. Que quando as pessoas olharem para nós, e as pessoas com quem andamos, sejamos encontrados amigo de pecadores, como Jesus foi!

 Geraldo Júnior e Valéria Morais

Editado e Revisado por Valéria Morais
Transformados pela Renovação do Pensamento


sexta-feira, 8 de março de 2013

Salvando os Relacionamentos

Vivemos a cultura da aparência, e em muitas vezes nossa imagem é mais importante do que os próprios relacionamentos. Isso é tão verdade, que quando achamos que não conseguimos passar a aparência (ou auto-imagem) que desejamos, nos sentimos diminuídos, indignos, envergonhados e talvez até humilhados diante daquilo, de forma que a tendência é excluirmos os relacionamentos. Isso acontece porque não queremos conviver com quem nos julga menos do que aquilo que gostaríamos de aparentar. Alguns exemplos clássicos disso que estou falando podem ser a condição financeira, o chamado status social: não conseguir o emprego, as roupas, a casa, o carro, o currículo educacional que queria ter para mostrar para as pessoas e se sentir bem.


Não creio que nos sentir mal diante de algumas dessas situações seja errado, e muitas vezes vamos ser julgados mesmo, vamos ser vistos com outros olhos. Mas quando começamos a excluir, distanciar e isolar das pessoas para nos poupar do constrangimento, vergonha e humilhação, isso se torna um problema.

Cristo não veio ao mundo para salvar a auto-imagem, reputação ou qualquer outra coisa nesse sentido. Ele veio para nos ensinar como um Filho de Deus se relaciona com qualquer tipo de pessoa e em qualquer situação. Na verdade, Ele veio para restaurar os relacionamentos.

E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição. (Malaquias 4:6)

Por isso, querer nos poupar dos relacionamentos, mesmo diante de situações de humilhação e vergonha, fere o propósito de Deus para nossas vidas. Cristo não se poupou em nada nas relações, mesmo sabendo o que iria passar.

Nos tempos de Jesus, todos sabiam que Ele não era filho gerado por José. Jesus sabia ser filho de Deus, mas na opinião das pessoas Ele não passava de um bastardo que ninguém sabia quem era o pai legítimo, e com certeza Ele era zombado, humilhado por isso. Ainda assim, Jesus nunca se omitiu, se escondeu ou se poupou das relações, pelo contrário, foi até o fim.
Há uma passagem em que Pedro quer "ajudar" Jesus, exatamente com o pensamento de auto preservação que permeia a sociedade ainda hoje, mesmo Jesus estando tão disposto a passar por qualquer situação (vergonha, humilhação, dor, e até morrer pelas pessoas) para restaurar os relacionamentos:

E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. (Mateus 16:22)

Ou Seja, Pedro dizia a Jesus: salva-te a Ti mesmo. Mas olha só o que Jesus responde a Pedro, sobre esse pensamento de se poupar nas relações, de se proteger para não passar por nenhuma situação difícil, constrangedora, vergonhosa, humilhante ou dolorosa:

Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.  (Mateus 16:23-25)

Ao pensamento de se poupar das relações, Deus chama-o de animal, terreno e diabólico (Tiago 3:15). Diante das pessoas, por causa da reputação, auto-imagem e etc, sentir a vergonha, humilhação, dor, creio que até aí tudo bem. Mas quando deixamos de seguir em frente, quando isso compromete os relacionamentos, quando queremos nos poupar, salvar nossa vida, aí sim nós a perdemos. Quem decide amar, perseverar nas relações (independente das circunstancias, mesmo que humilhantes, vergonhosas e constrangedoras), vai sofrer (quem não quiser sofrer, não ame), vai "perder", mas verdadeiramente achará o seu propósito, achará a Vida, e deixará de andar em trevas, para andar na  Luz como diz em 1 João 1:7

'Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado'.

Geraldo Júnior e Valéria Morais
Transformados pela Renovação do Pensamento
https://renovacaodopensamento.blogspot.com.br/