Esses dias estava em casa quando vi na internet um dito
popular muito conhecido: "Diga-me com quem tu andas, que direis quem tu
és!".
Então comecei a meditar sobre isso e me veio à mente que
Jesus andou com Judas e com os publicanos Mateus e Zaqueu (que era como se
fossem os políticos corruptos de hoje).
Mas Jesus conhecia eles, conhecia Judas, até em relação ao
seu caráter, sabia que ele iria traí-lo, e mesmo assim o escolheu, o amou até
o fim e o chamou de amigo! Jesus não se preocupava se iria ser influenciado ou
se corromper com aquela amizade, nem mesmo se preocupava com o que as pessoas iriam
pensar d’Ele por andar com eles. O que Jesus queria nos ensinar, era como um
filho de Deus se comporta diante de qualquer tipo de pessoa, e que o Reino de Deus
é INclusivo e não EXcludente.
Se nós que dizemos sermos cristãos, e conhecemos a Cristo, decidirmos
não andar com determinadas pessoas, por algum receio de sermos influenciados,
ou do que as pessoas vão pensar de nós, quando é então que elas vão ter a
oportunidade de conhecer os filhos de Deus, e assim conhecer a Cristo?!
Uma pessoa por qual tenho grande estima, certa vez disse que
o que uma prostituta (tipo de pessoa muito excluída) mais precisa na vida é se
encontrar com um homem de Deus, casado ou não, porque vai ser aí que ela vai
ter a oportunidade de saber como um filho de Deus iria tratar ela, exatamente
como aconteceu com a mulher de Samaria quando encontrou Jesus.
O mundo clama pela manifestação dos filhos de Deus (Rm
8:19), e o que nos torna filhos de Deus é exatamente a capacidade de Amar e
incluir na nossa vida todo tipo de pessoas, inclusive os mais pecadores como os
inimigo e perseguidores (Mateus 5:44). Quantas vezes excluímos as pessoas pelo
seu caráter e comportamento pecaminoso, pois dizemos que somos cristãos, com
princípios, "santos", e que não podemos nos misturar e nos
"contaminar" com tais pessoas. Colegas de trabalho e escola, amigos e
até familiares são excluídos por esse pensamento. Mas é exatamente agora que
eles mais precisam de nós, do referencial, a luz, da manifestação dos filhos de
Deus, o Amor com que Cristo nos Amou.
Mas aí podemos dizer, "Mas eu tentei trazer as pessoas
para andar no caminho que estou, para ir ao culto, a missa e etc e ela não
quis, eu tentei, não excluí ela!". Jesus não mandou nós trazermos as
pessoas, Jesus mandou “Ide!” (Mt 28:19). Devemos ir às pessoas, e não tentar
trazê-las.
Jesus não foi apenas até a Judas e Mateus como citei acima,
mas veio a nós, tão ou mais pecadores do que eles, e por que então agiremos
diferente dele?
Quando escutarmos “Diga-me com quem tu andas, que direi quem
tu és!”, que sejamos encontrados como Jesus Cristo, que andou, amou e foi até o
fim com os pecadores, sendo Filho de Deus e Santo, sem medo de se corromper ou
do que as pessoas iriam pensar d’Ele, mas manifestando quem o Pai é, através
d’Ele; e é exatamente essa missão que Ele nos deu. Que quando as pessoas
olharem para nós, e as pessoas com quem andamos, sejamos encontrados amigo de
pecadores, como Jesus foi!
Editado e Revisado por Valéria Morais
Transformados pela Renovação do Pensamento